Projeto AFD: explorando a matemática através da música

  • Ânderson de Lemos Teixeira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas. Canoas, RS
  • Rafael Dutra Ferrugem Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas. Canoas, RS
  • Eduardo Felipe Ferreira de Araujo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Canoas. Canoas, RS
Palavras-chave: Matemática, Música, Metodologia

Resumo

Desde o início de sua existência, as ciências exatas e seus estudiosos criam formas e experimentos com o objetivo de ajudar o ser humano em sua sede de conhecimento e de compreensão do universo. Entretanto, por mais irônico que possa parecer, um dos maiores desafios do universo foi criado pela humanidade, e desde então está se adaptando a culturas e gerações: a música. Inúmeros instrumentos musicais foram inventados com a intenção de se obter diferentes sons para que pudessem compor novas sinfonias, e hoje em dia, aprender a tocá-los é relativamente fácil, pois há uma variedade imensa de fontes em que o interessado possa basear seu estudo musical, sendo que em muitas delas a internet é a fundamental ferramenta. Porém, é deixada de lado a maior parte de toda a ciência por trás da compreensão da música e do seu funcionamento, dos quais podemos destacar: como uma nota reflete em uma frequência sonora específica, o gráfico que um som faz (ou até mesmo uma música) e até mesmo envolvendo toda a questão acústica do instrumento. E é a partir dessa ideia que surgiu o projeto AFD (nome derivado das notas produzidas pela frequência de sua afinação idealizada), uma iniciativa de alunos que desejam confeccionar um instrumento musical funcional utilizando a matemática como ferramenta-base, no qual poderemos recorrer à música com forte viés pedagógico visando ensinarmos a matemática de uma maneira não tradicional. Através da confecção do AFD iremos explorar conceitos de geometria, como o seu corpo em formato de circunferência e a sua cabeça em triângulo retângulo e o quanto isso pode interferir na sonoridade do instrumento. Além disso, na música cada nota é resultado da ressonância de uma frequência específica, pensada e planejada para soar perfeitamente. Através do instrumento elaborado, pretendemos explorar um número infinito de frequências, ao retirarmos os trastes de seu braço, tornando, assim, o som não apenas mais irregular, mas também mais abrangente (uma vez que poderão ser alcançadas frequências não comumente observadas). Para exemplificar, vamos relacionar um braço de violão comum com o conjunto dos números inteiros, em ambos conseguimos ordenar em uma sequência específica, já o braço do AFD foi pensado com base no conjunto dos números reais, onde temos infinitas frequências, que como nos números reais, não podemos sequenciar, mas ao tocarmos as suas frequências do início ao fim de cada corda, com o auxílio de um decibelímetro (medidor de decibéis) é possível representar graficamente as suas notas. Ao decorrer da nossa pesquisa, pretendemos explorar e aprofundar esse vasto mundo do ensino através da música para assim, futuramente, podermos preparar oficinas e projetos baseando-se em tudo que foi aprendido.

Referências

Miritz, José Carlos Dittgen. Matemática e música / José Carlos Dittgen Miritz. – 2015.

Campos, Gean Pierre da Silva. Matemática e Música : práticas pedagógicas em oficinas interdisciplinares. 2009.

Publicado
2019-04-30
Seção
[Pesquisa] Resumos nível superior