As Oficinas Permanentes de Cultura como mecanismo de inclusão social
Resumo
O programa Oficinas Permanentes de Cultura, está na sua quarta edição, tendo sido já realizado como projeto nos anos anteriores no IFRS Campus Canoas. De acordo com a proposta dos Institutos Federais, o objetivo central dos Institutos não é formar um profissional para o mercado de trabalho, mas sim desenvolver capacidades necessárias para se atuar no mundo do trabalho, onde o cidadão poderia ser um técnico, ou um filósofo, um escritor, entre outras profissões, superando o preconceito que um trabalhador não pode ser um intelectual ou um artista. Então, tendo em vista a proposta dos IFs, é fundamental que hajam ações que permitem este desenvolvimento mais amplo nas esferas culturais e artísticas. Atuando na área de extensão, o programa oferece oficinas de áreas de conhecimento que não estão presentes no currículo escolar, mas que apresentam a oportunidade de maior interação entre os próprios alunos, assim como destes com a comunidade externa, já que todos podem participar. Os principais objetivos são: (1) Implementar espaços para aprendizagem da linguagem artística através da música, teatro, fotografia, desenho, entre outros; (2) Incentivar a descoberta e desenvolvimento de habilidades dos participantes, assim como sua autoestima; (3) aproximar a comunidade externa e interna do campus; (4) desenvolver a criatividade e sensibilidade dos participantes. Para que isso seja possível, o IFRS – Campus Canoas oferece oficinas culturais, com encontros semanais, cuja duração média é de duas horas, podendo ocorrer tanto no turno da manhã quanto no turno da noite. Integradas ao programa, estão as oficinas de Fotografia, Música, Teatro, Desenho, Roteiro de Audiovisual e História em Quadrinhos. Nos anos anteriores de atuação do programa, houveram diversas produções e ações que fundamentam a existência e importância das Oficinas Permanentes de Cultura, entre elas: (i) formação da banda do IFRS – Campus Canoas, com diversas apresentações já realizadas pelo estado; (ii) produção do documentário “Proeja em Primeira Pessoa”, visando valorizar a modalidade presente no Campus para a formação de jovens e adultos; (iii) produção da Revista “Non Sequitur”, com produções desenvolvidas na oficina de história em quadrinhos que esteve presente no projeto durante quatro anos; (iv) criação do blog do projeto, para a divulgação das ações do projeto de forma mais eficiente, atingindo, assim, a comunidade externa; (v) implementação da Gibiteca, localizada na biblioteca do Campus, ampliando o conteúdo literário da mesma e criando um espaço diferenciado no local. Em outros anos também foram realizadas visitas em outras escolas da região apresentando mini oficinas baseadas no que foi desenvolvido nas oficinas regulares - atividade planejada para este ano também. Além disso são realizadas Mostras Culturais e Mostras de Artes todo ano, que unem todas as oficinas e convidam a comunidade externa tanto para assistir quanto para participar. Uma das inovações para este ano é o desenvolvimento de uma peça teatral que integre todas as demais oficinas do programa, tendo como tema o movimento Tropicália. Assim, o programa mostra-se eficiente na formação de pessoas inovadoras, criativas e com desejo de buscar novos saberes.